Acabamos de voltar de São Paulo. Minha esposa e filhas ficaram um mês, e eu só consegui ficar uma semana, pois tive uma reunião com clientes no México e tive que reduzir minhas férias.
É bem estranho voltar e não ter mais casa, carro e se sentir um hóspede. Foi bom encontrar a família e amigos, e matar a saudade de churrasco, coxinha, jaboticada e figo, rsrsrs... mas tenho que admitir que foi bom chegar na imigração canadense e ouvir "welcome back home". São Paulo tem muita coisa boa sim, mas o custo de vida (proporcionalmente à renda) e os problemas (crime, trânsito, infraestrutura) tiram o prazer de se viver lá. Depois de um ano em Vancouver, a gente vê claramente como em SP a renda é mal distribuída, e como o stress toma conta da gente no trânsito e nas relações pessoais e profissionais, e como a corrupção e o desrespeito dos políticos com a sociedade afetam o futuro do Brasil e dos brasileiros.
Minha maior preocupação era minhas filhas, por terem passado um mês com os avós, imaginava que elas não iriam querer voltar. Que nada. Claro que ficaram tristes, mas em nenhum momento hesitaram em voltar. Pelo contrário, senti que estavam mesmo com saudades da nossa casa, do quarto delas e da nossa vida em Vancouver. Assim que subiram no avião, voltaram a conversar em inglês... Com a vinda para o Canadá, nossa família ficou muito mais unida. Só isso já valeu o esforço de ter imigrado.
É bom estar de volta. Sim, sentimos saudade da família e dos amigos no Brasil, mas também dos novos amigos que fizemos no Canadá e da nossa vida aqui. Acho que estamos começando nosso processo de imigração... :)
Saturday, August 30, 2008
Friday, August 15, 2008
Monday, August 11, 2008
Pensamento III
"It's not about the destination - it's about the experiences along the way"
Ouvi esta em um comercial de amaciante de roupas, rsrsrs... mas reflete bem minha opinião sobre a vida.
Ouvi esta em um comercial de amaciante de roupas, rsrsrs... mas reflete bem minha opinião sobre a vida.
Save as Draft
Sunday, August 10, 2008
1 Ano!
Faz tempo que não escrevo, e achei que este era um bom motivo para atualizar o blog.
Chegamos aqui há mais de um ano, e tudo passou muito rápido. Hoje minha esposa e filhas estão no Brasil, visitando a família. Eu vou em duas semanas, para acompanhar a cirurgia do meu pai. Nada sério, mas sempre é uma cirurgia.
A gente se acostumou com a realidade do Canadá bem rápido, e falando com minha esposa, dá pra perceber como nossa vida mudou. Vivemos infinitamente menos estressados, temos mais lazer. Trabalho relativamente menos tempo que no Brasil (mas também tenho que ser mais eficiente), e a sensação que temos é que não estamos sacrificando o presente em função de um futuro incerto. Sim, temos planos, e estamos trabalhando para que ele se torne realidade. Mas não deixamos de aproveitar o presente, a infância de nossas filhas, momentos que não voltam mais.
Minha esposa tem comentado como as coisas no Brasil estão caras, como o trânsito, as pessoas, a poluição e a violência afetam a forma como vivemos. Ela fica triste por não ter vontade de voltar mais ao Brasil, e pelo fato da família ainda sofrer com tudo isso. Claro que sentimos falta de muita coisa, dos amigos, da familiaridade que temos na cidade onde nascemos e crescemos. Mas principalmente depois das meninas, olhamos mais para o futuro do que para o passado.
O Canadá é perfeito? Claro que não. Tem crime, tem drogas, tem preconceito, tem intolerância. Como em qualquer lugar no mundo. Mas em um nível infinitamente menor, e a sociedade não vive em função destes problemas. A qualidade de vida ainda é algo real, que muita gente vive diariamente.
Já estamos adaptados? Eu acho que a gente mal começou. Um ano é muito pouco. Mas para quem imigra, é uma conquista. O primeiro ano é de adaptação, de descobertas, a gente aprende a viver e pensar diferente. Ainda me pego cruzando a ponte de downtown a caminho de casa, olhando para o mar e para as montanhas, e agradecendo a oportunidade de estar aqui.
Não podemos reclamar do "nosso" Canadá. Cada história de imigração é diferente, e cada pessoa responde de forma diferente à mudança. Ainda temos um longo caminho até nos sentirmos adaptados, com o círculo pessoal e profissional refeito, e à vontade com os costumes, com a língua.
Imigrar é competir com você mesmo, todos os dias. Conseguimos passar o primeiro obstáculo desta corrida que não tem final, e é recompensador. Que venha o próximo ano!
Chegamos aqui há mais de um ano, e tudo passou muito rápido. Hoje minha esposa e filhas estão no Brasil, visitando a família. Eu vou em duas semanas, para acompanhar a cirurgia do meu pai. Nada sério, mas sempre é uma cirurgia.
A gente se acostumou com a realidade do Canadá bem rápido, e falando com minha esposa, dá pra perceber como nossa vida mudou. Vivemos infinitamente menos estressados, temos mais lazer. Trabalho relativamente menos tempo que no Brasil (mas também tenho que ser mais eficiente), e a sensação que temos é que não estamos sacrificando o presente em função de um futuro incerto. Sim, temos planos, e estamos trabalhando para que ele se torne realidade. Mas não deixamos de aproveitar o presente, a infância de nossas filhas, momentos que não voltam mais.
Minha esposa tem comentado como as coisas no Brasil estão caras, como o trânsito, as pessoas, a poluição e a violência afetam a forma como vivemos. Ela fica triste por não ter vontade de voltar mais ao Brasil, e pelo fato da família ainda sofrer com tudo isso. Claro que sentimos falta de muita coisa, dos amigos, da familiaridade que temos na cidade onde nascemos e crescemos. Mas principalmente depois das meninas, olhamos mais para o futuro do que para o passado.
O Canadá é perfeito? Claro que não. Tem crime, tem drogas, tem preconceito, tem intolerância. Como em qualquer lugar no mundo. Mas em um nível infinitamente menor, e a sociedade não vive em função destes problemas. A qualidade de vida ainda é algo real, que muita gente vive diariamente.
Já estamos adaptados? Eu acho que a gente mal começou. Um ano é muito pouco. Mas para quem imigra, é uma conquista. O primeiro ano é de adaptação, de descobertas, a gente aprende a viver e pensar diferente. Ainda me pego cruzando a ponte de downtown a caminho de casa, olhando para o mar e para as montanhas, e agradecendo a oportunidade de estar aqui.
Não podemos reclamar do "nosso" Canadá. Cada história de imigração é diferente, e cada pessoa responde de forma diferente à mudança. Ainda temos um longo caminho até nos sentirmos adaptados, com o círculo pessoal e profissional refeito, e à vontade com os costumes, com a língua.
Imigrar é competir com você mesmo, todos os dias. Conseguimos passar o primeiro obstáculo desta corrida que não tem final, e é recompensador. Que venha o próximo ano!
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